Ceguei quando meu amor por ti explodiu
Deixei de te ver e falar nesta imensidão
Do nosso mundo profundo
Não te consigo ver porque ao longe
Te encontras em mim
Naquele dia ofereceste teu rosto
Para eu te ler e eu recusei
Porque eu te via a minha maneira
E sonhava que seria para uma vida inteira
Ai como eu te amava
Mesmo sem te ver
Dançamos ao som da nossa música
E sentimos os corações a desfalecer
O palco é pequeno de mais
Para as nossas valsas de amor
Não temíamos no caminho da dança
Até outro dia nascer
Porque a valsa nos ajudava a viver
Incitava o nosso sangue correr
Direito ao pensamento do nosso sofrer
Tu vês e ele cego continua
Sem te poder ver e amar
Pelo amor proibido está
A imensidão da vida é capaz
O rosto está mudado
De linhas traçadas pelo tempo
Agora te peço deixa-me ler teu rosto
Porque da última vez
Tinha as minhas mãos trémulas
Quero sentir tua pele macia
Teu cabelo dourado bem penteado
Teus lábios secos ondulados carnudos
Tocar em teus olhos e ver o que não consigo
Deste nosso amor
Assim quero estar sem pensar
No amanha quando novo dia voltar a nascer
Fazer o teu auto-retrato
De quando eu te via e não te vejo
Agora jamais te consigo ver
Estás longe de mim e não consigo parar de sofrer
Porque te amo e não te posso ter
Este amor que morreu ao nascer
E assim fiquei de pois de te ler
Cego e apaixonado sem querer
Mesmo sem te ter…
Autor-Sonhosolitario
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